O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, reuniu-se nesta quarta-feira, 02, com Jorge Messi, pai e representante do atacante Lionel Messi, e o avisou que não tem a intenção de negociar a saída do craque neste ano. Fontes de dentro do clube catalão informaram que o encontro, que aconteceu nas instalações do Barça, durou cerca de uma hora e meia e foi marcado pela cordialidade de ambas as partes. Ao desembarcar em Barcelona pela manhã, no entanto, o pai do jogador disse que era “difícil” que o filho permanecesse no clube. Também participaram da reunião o irmão do craque, Rodrigo Messi, e o advogado Jorge Pecourt, assessor jurídico do argentino. Pelo clube, além do presidente, esteve presente o diretor Javier Bordas, responsável pela equipe principal de futebol.
Embora o desejo de Messi seja receber a carta de liberdade para defender o time que desejar, Bartomeu deixou claro aos presentes que o Barcelona não abre mão da multa rescisória, de 700 milhões de euros, e está disposto a renovar o contrato, que termina em junho do ano que vem, por mais duas temporadas. Ele ainda pediu ao pai e representante que convença o filho a ceder e se apresentar ao técnico Ronald Koeman. O clube está confiante de que o ainda capitão do time reconsiderará sua posição e concordará em estender seu contrato para além desta temporada. Contudo, uma segunda reunião não está planejada para o momento.
Lionel Messi avisou na semana passada que gostaria de deixar o clube. Por meio de um burofax, recurso utilizado na Espanha para o envio de documentos urgentes pelo correio, o camisa 10, que tem vínculo com o Barça até o meio de 2021, comunicou que acionaria uma cláusula contratual que lhe permitiria rescindir o contrato unilateralmente ao fim da atual temporada. De acordo com o jornal espanhol Marca, o prazo para que essa cláusula fosse exercida expirou no último dia 10 de junho, data em que a temporada se encerraria.
No entanto, o entorno do jogador acredita que pode reativá-la agora. Isto porque a pandemia do novo coronavírus provocou a paralisação do futebol na Espanha por cerca de três meses, e as disputas só cessaram em agosto. O Barcelona, por sua vez, já avisou que não pretende liberar o craque antes de 2021 sem o pagamento da multa rescisória de 700 milhões de euros (R$ 4,6 bilhões). Enquanto isso, o nome de Messi tem sido cada vez mais vinculado ao Manchester City, clube que já teria, inclusive, um contrato pronto para oferecer ao jogador.
*Com informações da Agência EFE