A prestação de serviços não financeiros no País movimentou R$ 1,6 trilhão em receita operacional líquida no ano de 2018, com um valor adicionado de R$ 963,8 bilhões.
O setor tinha 1,3 milhão de empresas ativas, que empregaram 12,6 milhões de pessoas e pagaram R$ 353,4 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, segundo a Pesquisa Anual de Serviços de 2018 (PAS 2018), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de empresas cresceu 1,3% em relação a 2017, com destaque para os avanços nos segmentos de atividades imobiliárias (4,0%) e outras atividades de serviços (6,8%). Por outro lado, houve redução no número de empresas voltadas para transporte e serviços auxiliares de transportes (-3,5%) e serviços de manutenção e reparação (-2,0%).
Os serviços empregaram 2,1% mais trabalhadores em 2018 do que no ano anterior. O maior crescimento no número de empregados ocorreu nas atividades imobiliárias (7,7%), enquanto a única redução foi em transportes e serviços auxiliares (-2,2%).
A massa salarial paga aos trabalhadores cresceu 2% em 2018. A remuneração média foi de 2,3 salários mínimos. O menor salário médio mensal foi apontado no segmento de Serviços prestados principalmente às famílias (1,5 salário mínimo), enquanto o maior foi o de Serviços de informação e comunicação (4,7 salários mínimos).
O segmento mais empregador foi o de Serviços profissionais, administrativos e complementares, responsável por 40,2% do total de ocupados no setor de serviços não financeiros.
Os Serviços prestados principalmente às famílias empregaram outros 22,8%, seguido por Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com uma fatia de 19,6% dos ocupados.
Os Serviços de informação e comunicação concentravam 8,1% dos trabalhadores; Outras atividades de serviços, 3,9%; Serviços de manutenção e reparação, 3,3%; e Atividades imobiliárias, 2,1%.
Apesar da melhora nos indicadores em relação a 2017, o IBGE lembra que o volume de serviços prestados mensurado pela Pesquisa Mensal de Serviços ficou estagnado (0,0%) em 2018.
“Esses resultados sugerem que o contexto de instabilidade econômica e institucional iniciado em 2015 não foi totalmente superado pelas empresas do setor em 2018, que dependem de melhoras do cenário macroeconômico, como a continuidade na diminuição do desemprego e a criação de um maior número de empregos formais, para um aumento mais expressivo na atividade”, resumiu o IBGE.
A Região Sudeste deteve a maior participação da receita bruta de prestação de serviços em 2018, respondendo por 63,3% do total, seguida pela Região Sul (15,7%), Nordeste (10,3%), Centro-Oeste (8,0%) e Norte (2,7%).
Entre os segmentos, Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio concentraram 27,2% da receita bruta de serviços da Região Sudeste; 28,4%, da Nordeste; 36,4%, da Sul; 35,9%, da Centro-Oeste; e 39,1%, da Norte.
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