(Bloomberg) – Três dos indivíduos mais ricos do mundo atingiram fortunas pessoais quase inacreditáveis.
O patrimônio líquido do fundador da Amazon, Jeff Bezos, superou a marca de US$ 200 bilhões na quarta-feira, quando as ações da gigante de e-commerce bateram recorde. A movimentação também deixou sua ex-mulher MacKenzie Scott, 50 anos, perto de se tornar a mulher mais rica do mundo, com uma fortuna próxima da controlada por Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L’Oréal.
Elon Musk deu seguimento à sua escala de riqueza e se tornou centibilionário. As ações da Tesla dispararam nesta quarta-feira (26), elevando seu patrimônio líquido a US$ 101 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, que lista as 500 pessoas mais ricas do mundo.
Empresas de tecnologia levaram os índices S&P 500 e Nasdaq Composite a novas máximas pelo quarto dia consecutivo, impulsionados por notícias de que o banco central americano (Federal Reserve) provavelmente manterá os juros de curto prazo próximos de zero por pelo menos cinco anos.
Os ganhos de Bezos, 56 anos, e Musk representam apenas o mais recente marco do acúmulo de riqueza em um ano definido por ganhos nos mercados financeiros e perdas humanas e econômicas catastróficas.
As fortunas das 500 pessoas mais ricas do mundo aumentaram em US$ 809 bilhões só neste ano, avançando 14% desde janeiro, mesmo enquanto a pandemia global causou queda recorde no PIB e destruiu milhões de empregos.
Desigualdade de renda
A crescente desigualdade de renda provoca duras críticas de políticos progressistas e de esquerda nos EUA. No começo do mês, o senador Bernie Sanders apresentou um projeto de lei para taxar ganhos “extremos” de riqueza durante a crise do coronavírus.
“Não podemos continuar permitindo que bilionários como Jeff Bezos e Elon Musk se tornem obscenamente ricos enquanto milhões de americanos enfrentam despejo, fome e desespero econômico”, afirmou Sanders em comunicado publicado na quarta-feira. “É hora de mudar fundamentalmente as nossas prioridades nacionais.”
Outros consideram a expansão de fortunas pessoais justificada, tendo sido atingida por meio da criação de empreendimentos singulares.
“Olhando para Musk e Bezos, dizer que, à sua maneira, eles mudaram o mundo é pouco”, disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital.
O aumento da riqueza é concentrado no topo do ranking de bilionários e foi embalado principalmente por ações de tecnologia, que sobem à medida que a pandemia empurra mais pessoas para a internet. O movimento também é explicado pelo aumento no número de investidores de varejo que estão comprando ações.
Musk, 49, é agora um dos quatro centibilionários do planeta. Sua fortuna cresceu em US$ 73,6 bilhões este ano, enquanto a de Bezos avançou US$ 87,1 bilhões. O patrimônio líquido de Mark Zuckerberg, do Facebook, passou de US$ 100 bilhões no começo do mês. Só na quarta-feira, o aumento foi de US$ 8,5 bilhões.
Magnatas da tecnologia dos EUA não foram os únicos beneficiários. O indiano Mukesh Ambani se tornou o primeiro asiático entre os cinco mais ricos do mundo no mês passado. Sua fortuna aumentou em US$ 22,5 bilhões em 2020 com a alta das ações de seu conglomerado, Reliance Industries.
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