A Lava Jato em Curitiba enviou ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que a atual estrutura da força-tarefa permaneça no mesmo formato por mais um ano, para uma transição a um novo modelo. A solicitação foi enviada ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF), que também vai analisar o caso. Atualmente, a força-tarefa tem 14 integrantes, metade deles trabalham com exclusividade. No pedido, eles reiteraram a necessidade de manter os sete procuradores apenas na Lava Jato. O prazo do grupo atual vai até o dia 10 de setembro, data limite para a definição da prorrogação. O documento solicita também a ampliação da equipe, apontando os feitos das operações, que tiveram início no ano de 2014.
Em meio às relações estremecidas entre a PGR e a Lava Jato, caberá ao procurador-geral da república, Augusto Aras, decidir pela prorrogação. Nesta quarta-feira, 26, o Tribunal da Lava Jato derrubou a sentença do ex-juiz Sergio Moro e absolveu o presidente da empreiteira Construcap, Roberto Ribeiro Capobianco, e o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Adalberto Alves Ferreira. Os dois eram réus por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O empresário foi condenado a 12 anos de prisão, enquanto o petista, a 9 anos e 10 meses. Apesar das duas decisões, o tribunal manteve a pena de outros 10 condenados.
*Com informações da repórter Camila Yunes