Após quase seis meses preso no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho desembarcou no Aeroporto do Galeão, na tarde desta terça-feira. Ele cruzou o saguão de desembarque protegido por seguranças e preferiu não dar declarações. O ex-craque foi seguido por algumas pessoas, que disseram palavras de apoio. Detido junto com o irmão e empresário, Assis, Ronaldinho foi bem recebido pelos fãs no retorno ao Brasil. Um deles chegou a dizer “seu lugar é aqui, não no Paraguai”.
Os irmãos foram liberados da prisão domiciliar a que estavam submetidos no Paraguai nesta segunda-feira. Ao todo, eles ficaram 171 dias presos, desde 6 de março, dois dias após entrarem no país com passaportes falsos. Eles aceitaram a proposta do Ministério Público para que fossem colocados em liberdade.
Eles devem pagar uma multa de US$ 200 mil (R$ 1,2 milhão), que será descontada da fiança paga quando foram colocados em prisão domiciliar. Além disso, Assis terá que comparecer a cada quatro meses perante um juiz brasileiro durante o período de suspensão da pena.
Destino da multa
Ainda nesta segunda, a Justiça paraguaia revelou o destino do valor arrecadado com a multa que o ex-jogador e seu irmão devem pagar. Dos US$ 200 mil, US$ 30 mil vão para a campanha “Somos Todos Bianca”, que arrecada valores para o tratamento de uma garotinha com atrofia muscular, US$ 110 mil para a compra de equipamentos de segurança contra covid-19, para os trabalhadores dos presídios do país, e o restante será encaminhado para o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Assunção.
* Com Estadão Conteúdo