Quando entrar em campo no próximo domingo, 23, às 16h (de Brasília), no estádio da Luz, o argentino Angel Di María, meia do Paris Saint-Germain, espera repetir diante do Bayern de Munique, na decisão da Liga dos Campeões da Europa, a mesma atuação que teve pelo Real Madrid frente ao Atlético de Madrid na final da Champions de 2013/2014, quando foi considerado o melhor em campo na vitória por 4 a 1 dos merengues. Jogar no estádio do Benfica não é novidade para o argentino, que vestiu a camisa do time português por três temporadas antes de ir para o Real. “As coisas acontecem sem o nosso domínio. Espero que seja uma coincidência boa para mim e para o PSG”, disse o canhoto, que marcou três gols e fez seis assistências na campanha vitoriosa até agora do time francês.
“Seria muito especial, muito importante para mim e para minha carreira. Quando mudaram o local para Lisboa, tive uma sensação estranha no corpo que me fez lembrar os velhos tempos em que vivi aqui durante três anos e como fui feliz em Lisboa durante esses anos”, disse o jogador, que ficou fora do jogo contra a Atalanta pelas quartas de final por causa de uma lesão, mas atuou com destaque na vitória sobre o RB Leipzig, sendo o responsável por anotar um dos três gols da equipe na partida. Conquistar o primeiro título europeu para o PSG seria um feito especial para o jogador de 32 anos. “Sempre fiz parte de um time incrível, desde o momento que cheguei (em 2015). Tivemos grupos incríveis de jogadores, mas às vezes as coisas não funcionam por um motivo ou outro. Desta vez, não só eu, mas todos no clube podem dizer que há um ótimo ambiente – há uma boa energia entre as pessoas que trabalham no clube, os jogadores, a comissão técnica, a equipe médica, todos”, afirmou.
O jogador se impressionou com a festa feita pelos torcedores, em Paris, após a vitória na semifinal. “É um sentimento especial. Vi isso depois de vencer a semifinal, com os vídeos de pessoas em Paris – na Champs-Élysées, na Torre Eiffel, no Arco do Triunfo. Acho que é muito especial para todos os parisienses. É algo que o clube vem tentando alcançar há anos: chegar a uma final da Liga dos Campeões. Acho que chegou a hora.”
O argentino sabe que a vitória deixará seu nome gravado na história do clube. “Se vencermos pela primeira vez com o Paris, faremos parte da história do clube. Sempre seremos lembrados no clube porque seria o primeiro título europeu. Ganhei o décimo título do Real Madrid, que o clube não conseguiu durante anos, e ganhar esse décimo título foi algo incrível para o Real – e me tornei parte da história do clube. Ganhar o primeiro título aqui seria inesquecível para mim pessoalmente, porque esse é o meu objetivo desde que entrei.”
Apesar da grande motivação e expectativa, Di María reconhece que a missão é complicada no domingo. “Eles são duros, são uma equipe muito bem organizada e acho que esta será a 11ª final de uma Liga dos Campeões. Não será nada fácil. Eles têm jogadores muito experientes, jogadores que ganharam Copas do Mundo, jogadores que jogam em um nível muito alto. Tentaremos fazer o nosso melhor, como temos feito esse tempo todo.”
*Com informações do Estadão Conteúdo