SÃO PAULO – A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu apurar supostos pagamentos que chegariam a R$ 9 milhões da JBS ao advogado Frederico Wassef, segundo a revista Crusoé.
De acordo com a publicação, o interesse da PGR é em saber se os pagamentos tiveram efeito no acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria com executivos do frigorífico.
Wassef trabalhou para a família Bolsonaro e admitiu em junho à revista Veja ter escondido Fabrício Queiroz em Atibaia (SP) para protegê-lo de “forças ocultas”.
A Crusoé diz que Bolsonaro pediu ao procurador-Geral da República, Augusto Aras, para receber Wassef para falar sobre a colaboração da JBS, que ainda precisa ter sua validade aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a JBS informou que “o escritório de advocacia mencionado não representa nem se manifesta em nome da Companhia junto à PGR.”
Leia a íntegra da nota da JBS sobre o caso
“A JBS esclarece que o escritório de advocacia mencionado não representa nem se manifesta em nome da Companhia junto à PGR.
A empresa informa que os serviços prestados pelo escritório tiveram como finalidade atuação em inquéritos na esfera policial e que esses serviços foram prestados e pagos mediante emissão de notas fiscais, sendo a última referente ao ano de 2019. Os valores e detalhes do contrato são protegidos por sigilo legal.
A companhia mantém um processo de auditoria de fornecedores, os quais são submetidos a due diligence e à aprovação da área de compliance, o que também se aplica ao caso em questão. Esse processo realizou, ao longo do ano passado, 9.486 análises de forma independente e sistêmica e os casos não conformes foram bloqueados.”
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