A partir desta quinta-feira, 20, cerca de 500 mil beneficiários do INSS vão poder utilizar o celular para comprovar que estão vivos. O seu Julio Valdenis, de 64 anos, deveria ter feito a chamada prova de vida no começo do ano para continuar recebendo a aposentadoria, mas a pandemia acabou impedindo.”Sem dúvida a unitização desse aplicativo para que possamos fazer a prova de vida obrigatória anual será algo que trará uma mudança muito positiva e facilitará a vida do aposentado”, afirma. Para fazer a prova de vida digital, o segurado selecionado tem que baixar os aplicativos: “Meu INSS” e o “Meu gov.br”. No “Meu INSS” ele faz o cadastro e solicita a prova de vida; depois, no “Meu gov.br”, autoriza o processo de reconhecimento facial. Como o INSS usará a base de dados do Denatran e da justiça eleitoral, só serão selecionados segurados que tenham carteira de motorista ou título de eleitor.
O diretor de atendimento do INSS, Jobson Sales, afirma que se a fase experimental der certo, o projeto passará a ser permanente. “Dessa forma, trazendo mais comodidade e, principalmente, mais segurança, ou seja, a captura de biometria facial se mostra um modelo tecnológico muito mais seguro para averiguação de dados e para garantir a própria proteção do fundo de previdência, no sentido que os recursos sejam destinados para as pessoas que de fato fazem jus a ele”, explica. A advogada e professora de direito previdenciário, Cristiane Grano, ressalta que a realização da prova de vida é fundamental para evitar fraudes no sistema do INSS. “Pessoas que recebem pro meio bancário podem falecer e pessoas mal intencionadas, que possuem o cartão e a senha, continuem recendo o beneficio previdenciário e assim fraudando o INSS”, sinaliza. O INSS alerta que, caso o cidadão não tenha acesso à internet ou a um smartphone, a prova de vida seguirá sendo realizada nas agências bancárias. A prova digital será apenas uma alternativa segura para que o beneficiário não precise se deslocar até uma agência bancária para realizar o procedimento anual.
*Com informações da repórter Letícia Santini