O empresário Germán Efromovich, preso em nova fase da Operação Lava Jato, nega ter pago executivos da Transpetro para ser favorecido em licitações da estatal. Ele foi detido pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 19, junto com o irmão, o também empresário José Efromovich. Os dois são investigados por suposto envolvimento em um esquema de fraude de contratos do Estaleiro Ilha, do qual são donos, com a subsidiária da Petrobras. A estatal teria contratado a empresa para a construção de quatro navios no valor de R$ 857 milhões. De acordo com a polícia, o estaleiro teria pago mais de R$ 40 milhões em propina a Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, entre 2009 e 2013. Em entrevista à Jovem Pan, a procuradora da República, Luciana Bogo, disse que os pagamentos eram controlados pelo filho dele, Expedito Machado.
Os investigados tiveram prisão preventiva decretada, e seriam trazidos para a sede da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa. A pedido do Ministério Público Federal, no entanto, a prisão dos irmãos foi modificada para domiciliar com monitoramento eletrônico, em razão de riscos da pandemia da Covid-19. Germán Efromovich declarou que as contas pessoais dele e do irmão são transparentes e que processou a Transpetro, já que o contrato de licitação não teria sido cumprido. Os irmãos Efromovich também são sócios da Avianca Holdings, segunda maior companhia aérea da América Latina, que está em recuperação judicial. Apesar disso, a empresa não é citada na investigação. Além das prisões, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Alagoas e no Rio de Janeiro.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini