A juíza de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de São Bernardo do Campo, em São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Laerte Codonho, proprietário do grupo empresarial dono da marca de refrigerantes Dolly, e mais 19 pessoas. Eles são acusados de organização criminosa, lavagem de bens e valores e falsidade ideológica. Em comunicado enviado à imprensa, o MP diz que Codonho e o grupo fizeram um “complexo esquema de burla à legislação tributária” e enriqueceram ilicitamente e que o empresário era líder de um grupo de laranjas.
A Justiça também determinou a quebra de sigilo bancário das contas e investimentos de 57 pessoas físicas e jurídicas e manteve o sequestro de bens e valores de Codonho. O empresário está com o passaporte apreendido e impedido de entrar em contato com outros investigados. Ele e Julio Cesar Requena Mazzi, diretor financeiro do grupo, ainda devem comparecer mensalmente em Juízo. O MP ainda pediu a prisão preventiva de Laerte Codonho, mas a juíza entendeu que a medida não era necessária.
Antes, em 2018, o empresário chegou a ser preso por supostas fraudes financeiras no valor de R$ 4 bilhões em 20 anos. As acusações envolviam fraudes no INSS na contratação de funcionários. Na ocasião, ele disse que havia sido detido porque era vítima de uma perseguição da Coca-Cola. Ele passou 8 dias na prisão. Já no ano passado, Laerte Codonho e colaboradores foram denunciados por crimes ambientais e pagamento de propinas ao então diretor de Obras de São Lourenço da Serra.