A Justiça eleitoral encerra nesta segunda-feira, 17, os exames e os testes de segurança nas urnas eletrônicas para a eleição deste ano que será sem biometria devido a pandemia da Covid-19. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas, segundo especialistas, ela não deve afetar a segurança do pleito. A integrante da Academia Brasileira de Direiro Eleitoral e Político, Michelle Pimentel Duarte indica que haverá um ambiente seguro, mesmo sem o reconhecimento biométrico. “Continua com outros elementos de segurança quanto a identificação do eleitor, elementos que já eram utilizados. Então, o eleitor continua obrigado a levar um documento com foto para que os mesários o habilite ao voto”, afirma.
O advogado especialista em direito eleitoral, Arthur Rollo, aponta que muitas pessoas estão com receio de enfrentar filas nas sessões de votação em razão do coronavírus. No entanto, ele enfatiza que protocolos rígidos serão adotados e por isto a decisão de suspender a biometria foi acertada. O especialista acrescenta que a urna eletrônica é segura. “Em relação a segurança da urna eletrônica muito se acusa, mas nada se prova. A urna é um mecanismo seguro, que sofre a fiscalização dos partidos políticos e de entidades nacionais e estrangeiras no momento da eleição”, explica. Até o momento, não foi constatada nenhuma fraude no sistema de urnas eletrônicas. Novos equipamentos ficarão somente para 2022.
*Com informações do repórter Daniel Lian