O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) expediu nesta sexta-feira (14) um mandado de prisão contra o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz e a esposa dele, Márcia Aguiar. Nesta quinta-feira (13), o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou a prisão domiciliar dos dois. Queiroz estava em prisão domiciliar desde o dia 9 de julho e chegou a ficar detido em Bangu, no Rio de Janeiro. Ele foi preso após pedido do Ministério Público, que alega que o ex-assessor estava interferindo na coleta de provas no inquérito que apura suposto esquema de “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro.
Na decisão de revogar a prisão domiciliar de Queiroz e Márcia, o ministro Félix Fischer afirmou que o ex-assessor não comprovou ter a saúde debilitada e tentou “arduamente” destruir provas. Ao analisar o caso, Fischer entendeu que a “única medida apropriada” é a prisão preventiva. Segundo o ministro, há indicações de que o casal Márcia e Queiroz teriam se articulado para a destruição de provas do processo de investigação. “Articulou e trabalhou arduamente, em todas as frentes, para impedir a produção de provas e/ou realizar a adulteração/destruição destas.” Ainda de acordo com Fischer, a documentação de saúde apresentada “não dá conta de que o paciente atualmente enfrenta estado de saúde extremamente debilitado e de que eventual tratamento de saúde não poderia ser realizado na penitenciária ou respectivo hospital de custódia”, diz. Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, no mês de junho. Ele estava na casa do então advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.