O presidente Jair Bolsonaro defendeu em pronunciamento nesta quarta-feira, 12, ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o respeito ao teto de gastos, o máximo que o governo pode gastar calculado com base o orçamento do ano anterior, corrigido pela inflação. “A economia reagindo e nós resolvemos então direcionar as nossas forças para o bem comum, nós queremos o progresso, o desenvolvimento e o bem estar do povo. Respeitamos o teto de gastos e queremos responsabilidade fiscal“, disse Bolsonaro. Eles participaram de uma reunião nesta tarde com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que ontem teve as baixas de dois secretários da pasta, Salim Mattar, responsável pelas privatizações; e Paulo Uebel, que comandava a reforma administrativa.
Segundo o presidente, foram tratados no encontro “assuntos variados”, como as privatizações e outras reformas, como a administrativa. “O Brasil tem como realmente ser um daqueles países que melhor reagirá à questão da crise. Nos empenharemos, mesmo no ano eleitoral para buscar soluções, destravar nossa economia e colocar o Brasil onde sempre mereceu estar”, declarou. Maia disse que, na reunião, “todos reafirmaram o compromisso com o teto de gastos e boa qualidade dos gastos públicos”. “Reafirmar esse tema é reafirmar o compromisso com o País. A regulamentação das propostas que existem na Câmara e Senado vai nos dar condições de melhor administrar nosso orçamento”, continuou.
O presidente da Câmara também citou a reforma tributária e a administrativa que, segundo ele, serão “discutidas com o governo e o Congresso”. “Quando o presidente achar importante a Câmara estará pronta para discutir e aprovar uma reforma [administrativa] que tem um objetivo: de melhorar a qualidade do gasto público e serviço público. Isso passa por uma reforma administrativa, quero agradecer e reafirmar meu compromisso com esses temas”, disse.
Já Davi Alcolumbre, que fez o discurso mais extenso, agradeceu o convite e destacou que foi uma oportunidade para “nivelar as informações das agendas políticas, econômicas e de responsabilidade fiscal”. “Temos uma emenda constitucional construída a varias mãos limitando os gastos públicos e precisamos formar o convencimento na sociedade da reforma administrativa e também do pacto federativo. São pautas que já estão no Congresso”, afirmou. O presidente do Senado reiterou que o Congresso “nunca faltou ao governo” e que houve “muito avanço neste último um ano e meio”. “Hoje nesse encontro liderados pelo presidente da República é a oportunidade que temos de nivelar as informações e construir uma nova agenda na retomada da pandemia para o desenvolvimento do brasil com responsabilidade fiscal e social. O Parlamento está de portas abertas para construir saídas para os brasileiros”, finalizou.