Os recentes casos de adiamento de jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro fizeram o Sindicato de Atletas de São Paulo entrar em ação. A entidade divulgou nesta quarta-feira, 12, que enviou no dia anterior um ofício de cinco páginas à CBF, para o presidente Rogério Caboclo e para o secretário geral Walter Feldman, solicitando novas estratégias no combate à Covid-19. O sindicato, que tem o ex-goleiro Rinaldo Martorelli como presidente, informa que “desde o início da pandemia do novo coronavírus vem participando ativamente das discussões e planejamento que levaram o Campeonato Paulista da Série A1 ao seu desfecho exitoso, inclusive representado por um profissional médico de extrema qualidade, Dr. Renato Anghinah, que fez parte da equipe médica que elaborou o melhor protocolo de retorno do futebol”.
“Os Campeonatos Brasileiros começaram e trouxeram desde a primeira rodada vários problemas, que mostram um alto risco de contaminação pelo coronavírus e coloca em risco tanto a saúde quanto a vida dos atletas profissionais e demais membros das equipes. Mais uma vez, a categoria mostra que necessita da atuação do sindicato paulista por não possuir uma entidade que possa representá-la nacionalmente”, disse a entidade.
No ofício, o Sindicato de Atletas de São Paulo solicita que a CBF mude a sua estratégia para que os campeonatos possam prosseguir. Para isso toma por base dois exemplos utilizados e com sucesso pelo mundo. “O primeiro na Alemanha, em que os jogadores se isolam e testam para a Covid-19, mas com o tempo hábil para que os resultados possam ser aproveitados ou seguimos e o segundo vem da NBA americana, que isolou totalmente os jogadores e demais membros dos times para que a competição transcorra com um risco mínimo”, explicou.
A entidade ameaça entrar na Justiça caso a CBF não tome providências. “Conforme o Secretário Geral da CBF, Walter Feldman, declarou, a prioridade é a preservação da saúde dos jogadores e o Sindicato de Atletas São Paulo espera que a solicitação seja atendida. Em caso de resposta negativa, para a entidade dos jogadores paulistas não restará alternativa a não ser o já conhecido caminho do judiciário”, finalizou.
*Com Estadão Conteúdo