O vice-presidente do PSB, Geraldo Alckmin, busca acelerar a análise do projeto de reforma no ensino médio e pretende discutir o assunto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Após uma agenda conjunta com o ministro da Educação, Camilo Santana, Alckmin expressou seu apoio às mudanças propostas e almeja que o projeto, atualmente em tramitação na Câmara, seja avaliado no início do próximo ano.
O projeto, enviado pelo governo em outubro, propõe alterações nas diretrizes e bases da educação nacional, reestabelecendo as 2.400 horas da formação geral básica, incluindo disciplinas fundamentais como matemática e português. Além disso, a proposta revoga os itinerários formativos, revertendo o modelo atual que reserva 1.800 horas para disciplinas base e 1.200 horas para uma carga flexível, onde os alunos escolhem trilhas do conhecimento de acordo com seus interesses.
O novo ensino médio, aprovado em 2017 durante a gestão de Michel Temer, liderada pelo então ministro da Educação Mendonça Filho, tem sido alvo de críticas, principalmente de grupos ligados à pauta educacional mais à esquerda. A expectativa inicial era que a Câmara votasse a proposta neste mês, mas a falta de consenso sobre o conteúdo levou ao adiamento. O pedido foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em conjunto com o relator da proposta, deputado Mendonça Filho.
No relatório apresentado por Mendonça, os itinerários formativos são mantidos, embora com uma redução para 900 horas aulas anuais destinadas a eles. O desdobramento dessa discussão terá implicações significativas no cenário educacional do país, sendo um tema central para a agenda política em 2024.