A permanência dos banhistas nas praias do Rio de Janeiro, proibida desde março, será liberada nos próximos dias. No entanto, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) anunciou nesta segunda-feira, 10, que as pessoas precisarão reservar por aplicativo um trecho da areia, para evitar aglomerações. “As pessoas vão poder ocupar essas demarcações pelo horário que chegarem e também reservando no aplicativo”, afirmou Crivella durante cerimônia de apresentação da equipe médica que será enviada a Beirute, capital do Líbano, para auxiliar na explosão que deixou mais de 150 mortos e 300 mil desabrigados.
De acordo com o prefeito, o sistema de ocupação das areias deve ser detalhado nesta semana. A ideia é que as pessoas mantenham o distanciamento social necessário para não ocorrer contaminação pela Covid-19. “O que a gente pode fazer é o apelo que sempre fazemos: não podemos aglomerar. Peço que quem está indo à praia para tomar banho que não aglomere nas areias”, pediu o prefeito, que não divulgou a partir de quanto a permanência nas areias será autorizada. Embora proibida, tem sido comum a presença de muitos banhistas, principalmente aos finais de semana. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, embora eventualmente apliquem multas, não têm conseguido evitar as ocupações.
O banho de mar foi autorizado a partir de 1º de agosto, e desde então o número de pessoas na areia tem aumentado. Neste último domingo, 9, as praias do Arpoador e do Leme foram as mais lotadas da zona sul, com muita gente praticando esportes (o que está proibido aos finais de semana) e vendedores ambulantes oferecendo bebidas alcoólicas e alimentos como queijo coalho, camarão e milho, produtos que também estão proibidos.
Em 9 de julho, Crivella chegou a anunciar que só permitiria a permanência nas areias das praias do Rio quando houvesse uma vacina de eficácia comprovada contra a Covid-19. “A tendência é manter a proibição até que tenhamos uma vacina. Se a gente libera a praia e faz sol no fim de semana, a areia pode ficar lotada do Leme ao Pontal. Os índices de contaminação estão caindo e não podemos pôr isso em risco”, afirmou, na ocasião. O estado do Rio de Janeiro tem 178.850 casos de infecção pelo coronavírus, e 14.080 mortes.
* Com informações do Estadão Conteúdo