Homem estava preso temporariamente desde setembro, quando teria confessado a autoria do crime. Corpo do historiador foi encontrado com sinais de violência.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) converteu em preventiva a prisão do suspeito de assassinar o historiador Gilberto Pereira Schneiker, de 31 anos, em Campinas (SP).
O homem, que já é réu por outro homicídio, cumpria prisão temporária desde o mês passado, quando teria confessado a autoria. O g1 tenta localizar a defesa para pedir um posicionamento.
Ele foi preso no dia 15 de setembro, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia sobre onde estava. O investigado foi encontrado como pai e ambos foram levados à 3ª Delegacia do DHPP/DEIC.
O corpo de Gilberto havia sido localizado cinco dias antes, na Vila Mignone, com marcas de violência. Familiares e amigos denunciam homofobia, mas o caso é investigado como homicídio.
Questionado sobre o assunto, o advogado da família de Gilberto, Antonio Carlos Bellini Júnior, disse que “a prisão preventiva que foi decretada é necessária e mostra-se como um meio de proteção à própria sociedade”.
Diz ainda que “o agressor matou Gilberto de forma extremamente violenta, a pedradas, e que, pouco tempo antes, já havia agredido e matado outra pessoa, um idoso, também de forma violenta, o que justifica que seja segregado da sociedade”.
Por fim, afirma que a luta da família agora é provar que a motivação do crime está relacionada à homofobia. “Para além de fazer justiça a Gilberto, é preciso acabar com a violência contra a comunidade LGBTQIAP+”, completou.
Outro assassinato
Na época da prisão, o delegado Rui Pegolo, da 3ª Delegacia do DHPP/DEIC, disse em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, que o suspeito é “extremamente perigoso”.
Em 2021, de acordo com a Polícia Civil, em uma discussão banal, ele assassinou um idoso de 61 anos com mais de 20 golpes de bengala na cabeça. A vítima morreu por traumatismo craniano.
Sobre a morte do historiador, formado na Unicamp, o criminoso não conseguiu justificar o crime, conforme o delegado Rui. Porém, disse que tanto ele, quanto a vítima, estavam embriagados.