Em sua retomada na Copa Libertadores, o Santos ficou no empate sem gols com o Olimpia, do Paraguai, na noite de terça-feira, 15, no estádio da Vila Belmiro, em Santos. O time brasileiro conseguiu manter a liderança do Grupo G, agora com sete pontos após três jogos, mas o técnico Cuca vê dificuldades com o elenco que tem em mãos. E vai ter que se virar com o que tem porque o clube segue punido pela Fifa e impedido de registrar novos jogadores.
“Difícil. Quando se tem opções para mudar taticamente a equipe, dois centroavantes ou dois armadores. Temos dificuldades. Bom plantel, mas sem equilíbrio em alguns setores. Não preciso dizer, vocês sabem. Buscamos criar essas oportunidades”, disse Cuca, em entrevista coletiva após a partida contra os paraguaios. “Conseguimos chegar nesse jogo com a equipe principal. Raniel ficou 10 dias parado (em quarentena em função do novo coronavírus), há uma queda física e técnica. Mas tecnicamente não fizemos grande jogo no meio-campo, na criação, na individualidade. Nos faltou isso”, prosseguiu.
Cuca afirmou que o time precisa “entrar no espírito da Libertadores” e falou sobre o alto número de cruzamentos – foram 28 ao todo e apenas dois acertados. “Era o que sobrava, cruzamento. Por dentro estavam fechados. Queriam que afunilássemos. Jogo é diferente. Até entender a arbitragem se fica nervoso, o pau come. Para lá e para cá, é preciso entrar no espírito da Libertadores”, comentou.
O treinador discordou quando questionado que parte da torcida pede por Madson e Lucas Lourenço no time titular, com Pará e Alison no banco de reservas e Diego Pituca como primeiro volante. “Discordo que Madson seja mais ofensivo. Madson tem fundo melhor, Pará entra muito bem na diagonal e por dentro, por termos um ponta aberto. Aproveita mais esse espaço que Madson. Motivo de ter jogado é esse. Saiu machucado e era titular, questão de coerência e confiança no jogador”, disse Cuca, antes de falar sobre Alison.
“Depende da maneira que se joga. Se jogar com poucos atacantes, não tem problema. Mas pela maneira com que se joga, time fica vulnerável sem um defensor no meio-campo. Nós tiramos o Alison durante o jogo. Melhorou depois que ele saiu? Quantas chances tivemos a mais? Não se trata de culpar um jogador”, completou. Com a cabeça agora voltada para o Campeonato Brasileiro, o Santos começa a preparação para enfrentar o Botafogo, neste domingo, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pela 11.ª rodada.
*Com informações do Estadão Conteúdo