Em pesquisa publicada no site do jornal “Folha de S. Paulo”, o Datafolha aponta que a maioria dos brasileiros quer se vacinar contra a Covid-19 assim que um composto comprovadamente eficaz estiver disponível. Segundo o levantamento, que questionou aos participantes “quando sair a vacina contra a Covid-19 você pretende se vacinar?”, 89% responderam que sim, enquanto apenas 9% disseram não e outros 3% afirmaram não saber. O estudo foi feito em 11 e 12 de agosto e ouviu 2.065 brasileiros de todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Também foi feita a pergunta a respeito de quanto tempo demorará para a vacina ficar pronta: 46% acreditam que no 1º semestre de 2021; 22% no fim de 2021; 25% neste ano e 5% não sabem.
O Ministério da Saúde monitora o andamento de todas as vacinas em potencial que estão sendo testadas ao redor do mundo. O governo federal prepara a compra da fórmula da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. Já o governo de São Paulo fechou parceria para produzir, ao lado do Instituto Butantan, a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac. Ambas estão na fase 3 de testes, que busca comprovar a eficácia na produção de anticorpos contra a infecção pelo novo coronavírus.
No sábado, o Ministério da Rússia anunciou que produziu o primeiro lote da vacina contra a Covid-19 registrada do mundo, que será comercializada com o nome Sputnik V. “O primeiro lote da vacina foi produzido pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, do Ministério da Saúde”, disse a pasta em comunicado. Antes, o diretor do instituto, Alexandr Ginzburg, havia informado que até dezembro deste ano ou janeiro de 2021 o país produzirá 5 milhões de doses mensais da vacina e que no decorrer de um ano será capaz de cobrir todas as necessidades de fornecimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu com cautela a notícia de que a Rússia havia registrado a primeira vacina do mundo contra a Covid-19, alegando que esta, assim como as demais, terá que seguir os procedimentos de pré-qualificação e revisão estabelecidos pela agência.
Enquanto isso, o governo do Paraná assinou na última quarta-feira, 12, um documento para ampliar a cooperação técnica, as transferências de tecnologia e os estudos sobre a vacina russa contra a Covid-19. O acordo é uma sinalização para uma futura testagem, produção e distribuição do imunizante no estado.